A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é um conjunto de lesões nos sistemas musculoesquelético e nervoso que tem como causa movimentos repetitivos, esforços ou posições desagradáveis feitos por um grande tempo. É um Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT).
A LER não é uma doença, mas sim uma síndrome inflamatória que causa dor e incapacidade funcional. O diagnóstico inclui a tendinite, reumatismo, bursite, esclerose sistêmica, traumática, artrite, diabetes já que essas também apresentam lesões causadas por esforço repetitivo.
A LER possui classificação por fase, estágio e grau:
Quatro fases:
- Fase 1: dores mal definidas que melhoram com repouso;
- Fase 2: dores com poucos sinais objetivos que melhoram com repouso;
- Fase 3: muita dor que não melhora com repouso;
- Fase 4: dor intensa com incapacidade funcional.
Três estágios:
- Estágio 1: Dor e cansaço nos braços durante o trabalho, com melhoras fora do horário de trabalho e sem alterações no desempenho normal;
- Estágio 2: Dor e cansaço persistentes mesmo durante o repouso. Sono agitado e incapacidade para o trabalho repetitivo;
- Estágio 3: Dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Sono muito agitado e presença de lesões nos exames.
Quatro graus:
- Grau 1: dor em uma região específica que se apresenta durante a atividade repetitiva. O membro afetado fica “pesado” e são sentidas pontadas no lugar que aparecem ocasionalmente durante a jornada de trabalho, mas não interferem na produtividade.
- Grau 2: dor em várias regiões durante a realização da atividade que causou a síndrome. A dor é persistente, intensa e aparece durante a jornada de trabalho, não passa, mas é tolerável. Pode estar acompanhada de formigamento, calor e sensibilidade no local lesado.
- Grau 3: dor forte e persistente que aparece durante várias atividades e no repouso. Perde-se força muscular, a produtividade no trabalho diminui e às vezes há impossibilidade de executar a função. O edema é um sinal frequente, assim como o suor excessivo pelas mãos. Nesse grau o retorno às atividades pode causar problemas maiores.
- Grau 4: Dor presente em qualquer movimento ou repouso, e durante a noite há o aumento da sensibilidade por todo o membro afetado. O membro fica sem força e perde o controle dos movimentos. A capacidade de trabalho é nula e os hábitos diários são prejudicados. Nesse grau o psicológico é afetado e a pessoa pode apresentar depressão, ansiedade e angústia.
Em qualquer caso, um médico ortopedista tem que ser consultado para indicar o estágio do problema, assim como os melhores tratamentos, que podem incluir o uso de medicamentos e fisioterapia.
FONTE: Central da Fisioterapia