O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 12 milhões de doses da vacina para febre amarela para entregas que iniciam imediatamente e seguem até o fim de março. O quantitativo vai reforçar o estoque estratégico da pasta e atender a demanda do país. Deste total, 8,46 milhões foram produzidas por Fiocruz/BioManguinhos (subordinada ao Ministério) e outras 3,5 milhões serão enviadas pelo Grupo de Coordenação Internacional (GCI).
Para garantir o estoque estratégico no país, o Ministério da Saúde solicitou à GCI doses extras da vacina. Já foi autorizada a liberação de 3,5 milhões de doses que serão destinadas às áreas priorizadas. As doses serão transportadas por meio aéreo da França até a Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Insumos (Cenadi), localizada no Rio de Janeiro. O CGI é composto por quatro agências: Organização Mundial da Saúde (OMS), Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades do Crescente Vermelho (IFRC), Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
Já na produção nacional, a Fiocruz/BioManguinhos mantém uma produção de 6 milhões de doses por mês, cerca de 1,5 milhões de doses a mais do que a rotina. Com um novo aumento da demanda, foi estabelecido que o volume a ser produzido passará a 9 milhões de doses mensais. Ou seja, um novo aumento de 50% na produção toda das unidades da fundação.
Somente em 2017, já foram enviadas 16,15 milhões de doses extras aos estados que registram casos de febre amarela, pra intensificar a imunização e evitar a transmissão da doença. Foram 7,5 milhões para Minas Gerais; 3,25 milhões para São Paulo; 3,45 milhões para o Espírito Santo; 1,05 milhão para o Rio de Janeiro e 900 mil para a Bahia.
Devido ao surto atual registrado em algumas regiões de mata, principalmente na região sudeste, o Ministério da Saúde elabora um plano estratégico para garantir a aquisição de 70 milhões de doses da vacina junto à BioManguinhos, garantindo o abastecimento durante todo o ano. Após a interrupção da transmissão nas regiões afetadas, a pasta vai revisar a área de recomendação de vacinação, bem como a mudança do calendário Nacional de Vacinação.
Fonte: Ministério da Saúde