A maioria dos pacientes com pé equino não sabe que têm essa condição quando vem pela primeira vez ao ortopedista.
Em vez disso, eles nos procuram em busca de alívio para problemas nos pés associados a essa condição.
Esses pacientes têm o movimento de flexão para cima da articulação do tornozelo limitado, ou seja, alguém com pé equino não possui a flexibilidade necessária para trazer a parte superior do pé para a parte da frente da perna. A condição pode ocorrer em um ou ambos os pés.
Pessoas com equino desenvolvem formas de "compensar" a sua mobilidade limitada do tornozelo e isso, muitas vezes, leva a sobrecarregar o outro pé, perna, ou gerar problemas nas costas. Os métodos mais comuns de compensação são achatamento do arco (pé plano) ou caminhar com mais carga ou impacto no calcanhar contralateral, colocando maior pressão sobre a região posterior do pé. Outros pacientes compensam andando na ponta do pé, enquanto um número menor dobra de forma anormal o quadril ou joelho.
Existem várias causas possíveis para a limitação dos movimentos do tornozelo. Muitas vezes é devido à tensão no tendão de Aquiles ou músculos da panturrilha. Em alguns pacientes, esta contratura - ou encurtamento - é congênita (presente no nascimento), e às vezes é uma característica hereditária.
Outros pacientes adquirem a tensão após um acidente ou ficar muito tempo imobilizado com o pé nesta posição, como em muletas ou fixadores externos, ou com a frequência do uso de sapatos de salto alto. Além disso, a diabetes pode afetar as fibras do tendão de Aquiles e causar o encurtamento.
O diagnóstico correto é essencial para que o tratamento mais adequado seja indicado (entre órteses, palmilhas, fisioterapia e cirurgia, por exemplo).
(Fonte: Globo Esporte)